Táticas políticas há muito tempo têm se espelhado1 naquelas da indústria do marketing. Na verdade, todos os métodos explicados neste guia foram inaugurados por empresas com fins lucrativos antes do seu envolvimento com políticos. Embora seja impossível prever como exatamente as campanhas políticas evoluirão no futuro, o setor comercial e áreas emergentes de pesquisa e experimentação sugerem algumas dicas2 em relação ao que as campanhas vão fazer. Este capítulo explora várias tecnologias em ascensão que usam dados pessoais e têm ganhado alguma força em campanhas políticas recentes.
↘ Robôs O uso de robôs políticos3 e propaganda computacional para influenciar os discursos online,4 como hashtags "tendência" no Twitter, tem sido bem documentadas5 e continuam a ser uma área de pesquisa ativa. O aumento de chatbots (n.d.t, - do inglês "robôs de conversação") movido a dados pessoais talvez leve a uma versão mais individualizada deste mesmo fenômeno. Como uma pesquisadora alertou,6 "em alguns anos, robôs sociáveis poderão buscar por usuários suscetíveis e abordá-los através de canais de chat privados. Eles conduzirão conversas de maneira eloquente e analisarão os dados do usuário para entregar propagandas customizadas. Robôs vão orientar pessoas para pontos de vista extremistas e contra-argumentar em forma de conversa."
Os robôs têm apelo7 a campanhas políticas por várias razões:8 eles permitem que campanhas respondam às perguntas dos eleitores de forma eficiente, ajudam os usuários a navegarem pela enxurrada de informações políticas de hoje em dia, evitam os riscos de erro humano, trabalham através de múltiplas plataformas e podem fornecer respostas personalizadas aos usuários que estão conversando com eles. Os chatbots também possuem um atrativo financeiro:9 em Abril de 2016, "o Facebook abriu sua popular plataforma de mensagens para desenvolvedores de robôs", o que não é apenas uma opção mais barata que SMS em massa, mas também permite que as campanhas se aproveitem de uma rica fonte de dados do Facebook no processo.
Uma captura de tela da @mssg, uma empresa que oferece um chatbot online para incentivar o registro de usuários e os esforços do get out the vote (GOTV). (n.d.t - o termo GOTV engloba os esforços em fazer com que mais pessoas votem nas eleições, já que em alguns países o voto é facultativo)
Fonte: https://www.atmssg.Com/Vote, acessado 28 de fevereiro de 2019.
Campanhas também estão dispostas a usar robôs por causa dos dados pessoais que eles podem coletar. "Um chatbot pode pedir para os usuários selecionarem certas opções ou para responderem questões específicas", um especialista em comunicação explica,10 "Dessa forma, o robô cria uma base de dados instantânea e fornece estatísticas sobre as preferências, sugestões e dúvidas das pessoas." Em outros casos, os robôs podem direcionar pesquisas a usuários, para medir as respostas dadas a determinadas questões, permitindo às campanhas uma maior coleta de dados. Chatbots também estão em ascensão porque podem ser integrados a esforços de engajamento mais facilmente, pois eles não exigem nenhuma iniciativa ou esforço por parte dos eleitores. Depois de simplesmente comentar em um artigo, um eleitor pode ser levado a responder perguntas, enviado à enquetes, convidado a fazer doações e mais, tudo através de robôs. Robôs direcionados de campanhas políticas atualmente ainda estão bem simples. Uma startup na França, por exemplo, construiu um robô11 que respondia qualquer mensagem de um usuário com uma de 100 frases de Donald Trump (e observou altas taxas de engajamento). Outro robô chamado "Dein Selfie mit Van der Bellen"12 ("Sua Selfie" com o até então candidato e atual presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen) ajudou usuários a adicionarem uma imagem de Van der Bellen em suas imagens de perfil do Facebook.
A Chatbots Magazine, uma fonte da insústria, publicou um artigo intitulado "Bots Are More Than 'Fake News' Machines" (Robôs São Mais do que Máquinas de "Fake News"), no qual foram apresentadas imagens geradas pelo chatbot "Sua Selfie com Van der Bellen". Essas imagens faziam parte de um chatbot para Facebook, desenvolvido em uma hackatona (um evento que reúne programadores, designers e outros profissionais que trabalham com softwares).
Fonte: ‘Bots Are More Than “Fake News” Machines’, Chatbots Magazine, 23 de fevereiro de 2017.
A próxima geração de chatbots provavelmente será mais sofisticada, especialmente conforme coletarem mais dados pessoais. É muito provável que campanhas façam uso das mesmas13 tecnologias e avanços no processamento de linguagem natural que a Google, Amazon e Microsoft têm usado para fazer seus robôs mais humanizados. Adam Meldrum, um empresário e especialista no uso de IA (n.d.t. - inteligência artificial) e chatbots em campanhas políticas, quer14 usar os chatbots "para criar uma relação mais natural com os eleitores". Seu objetivo, que é comum na indústria, é fazer com que chatbots "respondam como humanos o fariam"; isto é, com melhorias o suficiente, robôs podem facilitar as interações naturais15 de uma campanha, ao contrário da sua forma atual - não muito mais do que um "site de marketing glorificado".16 Na mesma linha de raciocínio, pesquisadores17 do MIT Media Lab estão tentando construir robôs com IA que respondam como seus "respectivos humanos". No contexto da política, usar um robô "com muito conhecimento sobre os posicionamentos de um candidato, bem como suas condutas, poderia permitir que os eleitores fizessem perguntas extremamente específicas a sua comunidade e recebessem de volta respostas direcionadas". A ideia por trás da pesquisa é investigar se nossos rastros digitais revelam o suficiente acerca dos nossos "pensamentos, interesses e identidade pessoal"18 para um robô com IA nos imitar de maneira convincente. Se viável, campanhas provavelmente usariam essa capacidade de "identidade intercambiável"19 para "influenciar opiniões e gerar ânimo entre pessoas que ele julgar como apoiadores do seu candidato".
Uma captura de tela de um chatbot da UK Labour Party (n.d.t. - o "Partido Trabalhista" do Reino Unido), fornecido pela empresa Chatfuel, sediada em São Fransisco. A Chatfuel dispõe de mais de 1 bilhão de usuários com uma taxa de abertura de mensagens de 80% através de seus robôs no Facebook Messenger.
Fonte: ‘The Labour Party Chatbot’, acessado 28 de fevereiro de 2019.
↘ Rastreamento Ocular Algumas campanhas políticas também começaram a refinar seus anúncios baseadas em informações de pesquisas feitas com rastreamento ocular. Nesse trabalho, um painel de pessoas concordam em ter os movimentos dos olhos gravados, seja em laboratório ou durante o uso de aparelhos em casa. Uma publicação em um blog20 da Discida, uma empresa que fornece serviços de rastreamento ocular para campanhas políticas, resumiu o conceito:
O rastreamento ocular é uma excelente técnica que lhe permite ver exatamente o que é (e o que não é) percebido e quanta atenção os componentes de uma peça estão recebendo. Se o eleitor não olhar para as imagens ou palavras-chaves, então a peça falha em entregar sua mensagem. O benefício do rastreamento ocular sobre outras técnicas, como grupos focais, é que a resposta é automática para os eleitores. Eles não têm que relembrar o que viram, nem são influenciados a seguir outro membro do grupo ou responder de uma maneira que agrade o entrevistador. O rastreamento ocular fornece aqueles primeiros segundos críticos de informação - para onde eles olham primeiro e então para onde olham logo em seguida? Onde os eleitores mais se demoram?
Uma captura de tela de anúncios políticos otimizados via rastreamento ocular pela empresa de consultoria política Axiom Strategies, sediada na cidade de Kansas. O mapa visual de calor (heatmap) mostra onde os olhos dos sujeitos se atraíram. Campanhas políticas estão começando a adotar essa tecnologia para direcionar os olhos e a atenção dos eleitores como desejarem.
Fonte: ‘Direct Mail – Axiom Strategies’, acessado 18 de fevereiro de 2019.
Essa tecnologia permite que partidos políticos ou candidatos personalizem seus anúncios aos eleitores para máximo impacto. Pesquisadores da Universidade de Viena mostraram anúncios do Partido Verde da Áustria (liberal) e do Partido da Liberdade da Áustria (conservador) ao mesmo tempo para eleitores liberais e conservadores, e observaram os movimentos de seus olhos. O estudo constatou que as pessoas passam mais tempo olhando para os anúncios alinhados com suas ideologias políticas. Embora isso pareça intuitivo, uma campanha poderia usar esse mecanismo como justificativa para muitas decisões de captura da atenção dos eleitores, como a elaboração de anúncios para se adequarem às inclinações políticas exatas de eleitores ou publicar anúncios políticos mais polarizantes. Por sua vez , os serviços de rastreamento ocular provavelmente vão se tornar mais pessoais à medida em que são otimizados para grupos cada vez mais granulares.21 Tecnologias de rastreamento ocular afirmam, por exemplo, que homens e mulheres olham para diferentes partes de anúncios.
↘ Computação cognitiva: Mudanças na tecnologia criaram meios para entender os eleitores ainda mais intimamente, rapidamente e, supostamente, mais precisamente. A indústria do marketing está explorando a computação cognitiva22 através da realização de estudos sobre o cérebro para entender como a retenção, emoção e atenção são afetados pelas mídias que nós "consciente e subconscientemente" consumimos. Uma publicação no blog do Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS), intitulada "What neuromarketing means for political campaigns"23 (n.d.t - O que o neuromarketing significa para as campanhas políticas), exibiu resultados de uma pesquisa dizendo que "anúncios que contém rostos são mais lembrados do que aqueles que contém cenas ou palavras." A publicação também afirma que campanhas físicas (ex.: correspondência direta) são melhores para o aumento de reconhecimento do candidato, porque correspondência direta, quando comparadas a outras formas de mídia, demonstraram maior "memorização, interesse e simpatia". Quando combinados com mídias digitais, correspondências atraíram 39% mais atenção do que um único meio por si só.
Essa imagem foi obtida do site DeliverTheWin.com (n.d.t. - "Deliver The Win" pode ser traduzido como "entregue a vitória"), o qual foi criado pelo Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS). Ele explica os benefícios de usar correspondências em campanhas. O site tem uma seção voltada para neuromarketing e como estudos recentes demonstraram sua efetividade em campanhas políticas.
Fonte: ‘What Neuromarketing Means for Political Campaigns – USPS Deliver the Win’, acessado 18 de fevereiro de 2019.
↘ Internet das Coisas A imensa quantidade de informação disponível para campanhas políticas está destinada a aumentar dramaticamente. Projeta-se que o número de dispositivos conectados ao redor do mundo irá ultrapassar 30 bilhões até 202024 e campanhas estão se organizando para extrair o máximo de valor possível25 de TVs conectadas, decodificadores e mídias consumidas online. No futuro próximo, alto-falantes inteligentes IoT (n.d.t - Internet das Coisas, do inglês "Internet of Things") como o Echo da Amazon, o Google Home, aspiradores automáticos, camas inteligentes, entre outros, prometem capturar dados comportamentais26 com ainda mais riqueza. Os moradores de um lar estão preocupados com questões de segurança? Campanhas já não precisam mais fazer previsões enquanto um sistema de alarme inteligente subutilizado pode responder àquela pergunta para elas. Um estudioso previu,27 "para as democracias, a Internet das Coisas transformará a maneira que nós, como eleitores, afetamos o governo — e a maneira como o governo mexe (e rastreia) as nossas vidas" via sensores embutidos que "nunca dormem". Como muitos desses aparelhos viverão dentro das casas, os dados que compartilharmos com eles provavelmente serão ainda mais íntimos28 do que os dados que compartilhamos com nossos dispositivos hoje em dia. Ultimamente, acredita-se que esses desenvolvimentos emergentes ajudarão nos esforços das campanhas para mirar em eleitores em escala, o mais precisamente possível.
Nos Estados Unidos: Em novembro de 2016, um robô do Facebook Messenger criado pela @mssg foi inscrito em nome de três grupos políticos; o Connecticut House Democratic Campaign Committee, o Pennsylvania Common Sense Political Action Committee e o Bazta Arpaio, uma campanha conduzida pela comunidade no Arizona para remover o xerife Joe Arpaio — acusado de práticas discriminatórias — de seu cargo. O robô pediu por seus endereços e respondeu um local de votação relevante. Embora muitos sites de busca por locais de votação existissem na época, o robô da @mssg oferecia algumas vantagens: um fator inovador, a conveniência de uma experiência destinada a dispositivos móveis e a oportunidade de experimentar.
A empresa @mssg fornece chatbots de IA (inteligência artificial) para clientes via Facebook Messenger. Aqui um robô da empresa pede para uma usuária seu endereço e responde um local de votação. O serviço foi inscrito por três empresas nos Estados Unidos em novembro de 2016.
Fonte: ‘Case Study: Election Day Facebook Messenger Bot’, @mssg, 14 de fevereiro de 2017.
O lançamento do robô da @mssg foi unido a um teste comparando-o a um site simples. Como Beth Becker, que comanda uma empresa que ajuda causas progressistas a se conectarem com seus apoiadores, relfetiu,29 "a coleta de dados em uma conversa é uma abordagem inovadora e os resultados iniciais são incríveis. Nós podemos coletar todo e qualquer tipo de informação desses usuários - endereço, email, número de telefone, data de nascimento, etc. E, agora que o Facebook permitiu pagamentos de pessoa para pessoa via Messenger, é só uma questão de tempo até que organizações possam recolher doações dessa forma também".
No Canadá: Nos meses que atentecedaram as eleições federais de 2015, a empresa de desempenho de marketing Mediative, reuniu um pequeno grupo de cinco homens e cinco mulheres e usou tecnologia de rastreamento ocular30 para "acessar os processos e decisões do subconsciente de uma audiência para entender quais elementos dos leiautes dos sites de campanha desencadeiam os circuitos cerebrais fundamentais responsáveis pela atenção, cognição e emoção". O experimento usou sites pertencentes aos cinco maiores partidos do Canadá, abrangendo o espectro político, e afirmou descobrir, entre outra coisas, que os homens passam mais tempo olhando para logos, enquanto que as mulheres fixam mais em retratos de família. Alguns sites não ajudaram a focar os olhos tanto quanto outros, sugerindo áreas para melhorias. A publicação do blog conclui, "de acordo com as descobertas do nosso estudo, parece que Justin Trudeau é muito popular entre as mulheres; a filiação aos partidos conservadores é mais atrativa para os homens, o leiaute do Bloc pode ser confusa, o NPD está gerando sentimentos neutros e o Partido Verde vai atrair mais eleitoras do sexo feminino. Brincadeiras à parte, não esqueça de votar e deixar que a democracia prevaleça!" Embora alguns possam questionar a eficácia e validade do rastreamento ocular, isso reflete em como as decisões de campanhas se tornam cada vez mais personalizadas.
Uma análise no site de campanha de 2015 da deputada canadense Elisabeth May, feita pela empresa de marketing digital Mediative, mostra que homens e mulheres engajam com o conteúdo de formas diferentes. Como o mapa de calor mostra (n.d.t. - ou "heatmap", recurso visual que indica graficamente as regiões em que os olhos passaram mais tempo), mulheres passam mais tempo olhando para o texto no canto inferior esquerdo e para o rosto de May. Homens, por outro lado, parecem mais intrigados com a logo do Partido Verde.
Fonte: ‘5 Eye-Tracking Heat Maps Reveal Where Canadians Look When Reviewing Parties’ Websites during the Federal Election’, Mediative (blog), 15 de outubro de 2015.
Embora muitas das tecnologias descritas ainda não sejam convencionais, elas tendem a crescer em popularidade. Se os chatbots tiverem sucesso em estabelecer uma conexão com os eleitores, será difícil de distinguí-los dos humanos. Além disso, parece não haver alguma forma de saber se o anúncio ou o site que você consome foi aprimorado usando tecnologia de rastreamento ocular ou ferramentas de computação cognitiva destinadas a direcionar seus olhos e mente a uma imagem ou mensagem específica. A existência de dispositivos IoT (internet das coisas) conectados na sua casa não quer dizer necessariamente que você está sujeito aos esforços de direcionamento de precisão das campanhas políticas, no entanto, a ânsia por aproveitar os aparelhos domésticos para propósitos políticos sugere que isso vai mudar.
Uma captura de tela do site da IQM, uma empresa sediada em Nova York. Aqui, ela anuncia serviços de "inteligência eleitoral promovidos por IA (inteligência artficial)" e dados sobre o paradeiro de eleitores para uma capacidade de anúncios mais precisa."
Fonte: ‘IQM - Solutions - Political’, acessado 7 de dezembro 2018.
↘ Se implementado de forma transparente e com respeito à privacidade, um chatbot avançado poderia se envolver em uma sessão de perguntas e respostas específica para as necessidades de um eleitor. Por exemplo, um eleitor poderia se envolver em uma conversa sobre o impacto de uma possível política em seus negócios.
↘ Robôs evitam o risco de erros humanos em tarefas simples como procurar um local de votação a partir do endereço fornecido.
↘ Agentes políticos mal-intencionados poderiam usar dados pessoais para entregar propaganda personalizada31 a usuários e promover pontos de vista extremistas. Já se descobriram robôs sem acesso a dados pessoais que fizeram isso.
↘ Chatbots avançados poderiam ser feitos para imitar posicionamentos de candidatos e promover falsas afirmações. Novamente, neste caso os eleitores talvez não saibam se estão falando com um robô ou com um humano.
↘ Dispositivos IoT correm o risco de estabelecer um precedente de cybervigilância,32 o monitoramento de atividades online e ações digitais para percepções políticas. Um acadêmico comentou,33 "a IoT é, essencialmente, uma rede de vigilância gigante".
↘ Se técnicas são combinadas, como a fusão de robôs com micro-direcionamento, os desafios para a educação digital de eleitores e a complexidade enfrentada pelos reguladores irão aumentar.
Autoria: Varoon Bashyakarla
1 Jeff Chester and Kathryn C. Montgomery, "The Influence Industry: Contemporary Digital Politics in the United States", acessado 28 de fevereiro 2019, https://ourdataourselves.tacticaltech.org/media/ttc-influence-industry-usa.pdf.
2 Rose Acton, "The Hyper-Personalised Future of Political Campaigning", CapX, 12 de julho de 2018, https://capx.co/the-hyper-personalised-future-of-politicalcampaigning/.
3 Fabio Chiusi and Claudio Agosti, "The Influence Industry: Personal Data and Political Influence in Italy", acessado 28 de fevereiro de 2019, https://ourdataourselves.tacticaltech.org/media/ttc-influence-industry-italy.pdf.
4 Jamie Susskind, "Opinion | Chatbots Are a Danger to Democracy", The New York Times, 4 de dezembro de 2018, sec. Opinion, https://www.nytimes.com/2018/12/04/ opinion/chatbots-ai-democracy-free-speech.html.
5 Issie Lapowsky, "Here’s How Much Bots Drive Conversation During News Events", Wired, 30 de outubro de 2018, https://www.wired.com/story/new-tool-shows-howbots-drive-conversation-for-news-events/.
6 Lisa-Maria Neudert, "Future Elections May Be Swayed by Intelligent, Weaponized Chatbots", MIT Technology Review, acessado 4 de fevereiro de 2019, https://www. technologyreview.com/s/611832/future-elections-may-be-swayed-byintelligent-weaponized-chatbots/ 7 Vyacheslav Polonski, "How Artificial Intelligence Conquered Democracy", The Conversation, acessado 22 de janeiro de 2019, http://theconversation.com/howartificial-intelligence-conquered-democracy-77675.
8 Vyacheslav Polonski, "How Artificial Intelligence Conquered Democracy", The Conversation, acessado 22 de janeiro de 2019, http://theconversation.com/howartificial-intelligence-conquered-democracy-77675.
9 Deepak Puri, "How to Make Fake Friends and Influence People Politically with Botnets", CIO, 6 de abril de 2017, https://www.cio.com/article/3188011/election-hacking/how-tomake-fake-friends-and-influence-people-politically-with-botnets.html.
10 Irene Del Carmen Pérez-Merbis, "Bots Are More Than “Fake News” Machines", Chatbots Magazine, 23 de fevereiro de 2017, https://chatbotsmagazine.com/bots-are-not-per-se-fake-news-machines-c62a2fb6f571.
11 Thomas Maître, "Donald Trump Chatbot Experiment", Chatbots Magazine, 8 de novembro de 2016, https://chatbotsmagazine.com/donald-trump-chatbotexperiment-f027b9a1caea.
12 Irene Del Carmen Pérez-Merbis, "Bots Are More Than “Fake News” Machines", Chatbots Magazine, 23 de fevereiro de 2017, https://chatbotsmagazine.com/bots-are-not-per-se-fake-news-machines-c62a2fb6f571.
13 Lisa-Maria Neudert, "Future Elections May Be Swayed by Intelligent, Weaponized Chatbots", MIT Technology Review, acessado 4 de fevereiro de 2019, https://www.technologyreview.com/s/611832/future-elections-may-be-swayed-byintelligent-weaponized-chatbots/.
14 Lisa-Maria Neudert, "Future Elections May Be Swayed by Intelligent, Weaponized Chatbots", MIT Technology Review, acessado 4 de fevereiro de 2019, https://www.technologyreview.com/s/611832/future-elections-may-be-swayed-byintelligent-weaponized-chatbots/.
15 Nancy Scola, "How Chatbots Are Colonizing Politics", POLITICO, acessado 22 de janeiro de 2019, https://www.politico.com/story/2016/10/chatbots-are-invadingpolitics-229598.
16 Nick Fouriezos, "Meet the GOP’s Chatbot and Artificial Intelligence Guru", OZY, acessado 14 de fevereiro de 2019, http://www.ozy.com/rising-stars/the-gops-chatbotand-artificial-intelligence-guru/92254.
17 Neil Hughes, "Personalized Politician Chat Bots Predicted to Be next Big Thing Targeting Voters", One World Identity (blog), acessado 06 de março de 2019, https://oneworldidentity.com/personalized-politician-chat-bots-predicted-next-big-thing-targeting-voters/.
18 Neil Hughes, "Researchers Seek to Mimic Digital Identities by Analyzing Email, Online Interactions", One World Identity (blog), acessado 12 de fevereiro de 2019, https://oneworldidentity.com/researchers-seek-mimic-digital-identities-analyzing-emailonline-interactions/.
19 Neil Hughes, "Personalized Politician Chat Bots Predicted to Be next Big Thing Targeting Voters", One World Identity (blog), acessado 06 de março de 2019, https://oneworldidentity.com/personalized-politician-chat-bots-predicted-next-big-thing-targeting-voters/.
20 "The Eyes Have It | More Effective Political Ads – Discida", acessado 17 de janeiro de 2019, https://web.archive.org/web/20170822234826/https://www.discida.com/2014/09/more-effective-political-ads/.
21 Hicham Damahi, "5 Eye-Tracking Heat Maps Reveal Where Canadians Look When Reviewing Parties’ Websites during the Federal Election", Mediative (blog), 15 de outubro de 2015, https://web.archive.org/web/20170813142442/http://www.mediative.com/5-eye-tracking-heat-maps-reveal-where-canadians-look-when-reviewing-parties-websites-during-the-federal-election/.
22 "Connecting for Action - Canada Post Neuroscience Report", International Post Corporation, acessado 28 de fevereiro de 2019, https://www.ipc.be/sector-data/directmarketing/research-analysis/reports/connecting_for_action.
23 "What Neuromarketing Means for Political Campaigns – USPS Deliver the Win", acessado 18 de fevereiro de 2019, https://www.deliverthewin.com/whatneuromarketing-means-for-political-campaigns/.
24 "IoT: Number of Connected Devices Worldwide 2012-2025", Statista, acessado 18 de fevereiro de 2019, https://www.statista.com/statistics/471264/iot-number-ofconnected-devices-worldwide/.
25 Jordan Lieberman, "The Digital Lessons of Election 2018", acessado 13 de fevereiro de 2019, https://www.campaignsandelections.com/campaign-insider/the-digitallessons-of-election-2018.
26 Brittney Borowicz, "The Internet of Things Is Transforming the Political Landscape", acessado 13 de fevereiro de 2019, http://blog.gridconnect.com/blog/general/theinternet-of-things-is-transforming-the-political-landscape.
27 Phil Howard, "Politics Won’t Know What Hit It", The Agenda, acessado 18 de fevereiro de 2019, https://www.politico.com/agenda/story/2015/06/philip-howard-on-iottransformation-000099.
28 Brittney Borowicz, "The Internet of Things Is Transforming the Political Landscape", acessado 13 de fevereiro de 2019, http://blog.gridconnect.com/blog/general/theinternet-of-things-is-transforming-the-political-landscape.
29 "We Launched a Bot to Help Organizations Get People to Their Voting Location", Chatbots Magazine, 1 de novembro de 2016, acessado 12 de março de 2019, https:// chatbotsmagazine.com/we-launched-a-bot-to-help-organizations-get-people-totheir-voting-location-5c8b4da6b447.
30 Hicham Damahi, "5 Eye-Tracking Heat Maps Reveal Where Canadians Look When Reviewing Parties’ Websites during the Federal Election", Mediative (blog), 15 de outubro de 2015, https://web.archive.org/web/20170813142442/http://www.mediative.com/5-eye-tracking-heat-maps-reveal-where-canadians-look-when-reviewing-parties-websites-during-the-federal-election/.
31 "How Twitter Bots and Trump Fans Made #ReleaseTheMemo Go Viral —POLITICO", acessado 28 de fevereiro de 2019, https://www.politico.eu/article/ how-twitter-bots-and-trump-fans-made-releasethememo-go-viral/.
32 "Data Politics and the Internet of Things", Silicon Republic, 21 de dezembro de 2016, https://www.siliconrepublic.com/enterprise/internet-of-things-ethics-security.
33 Connected World Staff, ‘Politics in an Internet of Things World’, Connected World (blog), acessado 13 de fevereiro 2019, https://web.archive.org/web/20200603081953/https://connectedworld.com/article/politics-in-an-internet-of-things-world/. (página recuperada do dia 3 de junho de 2020 através da ferramenta Wayback Machine).